terça-feira, 17 de novembro de 2009

O QUE MAIS FALTA A JESUS?

Paulo nos diz que a letra mata [mesmo que seja letra da Escritura…]; que o exercício que tenta ver mágica de revelação na exegese, é tolice [prova disso é o modo como ele “usa” as Escrituras do Antigo Testamento]; que qualquer “interpretação” que não seja via Encarnação, ou seja: centrada exclusivamente em Jesus — é engano religioso que presume ler tudo o que foi dito como “interpretação correta”...

Como poucos [...] Paulo entendeu que o Evangelho era Jesus e que Jesus era o Evangelho; e que tudo o mais que tivesse havido e sido escrito antes, como “Escritura”, agora, depois de Jesus, depois da Encarnação, depois de Emanuel: Deus conosco — teria que ser submetido ao espírito de Jesus, ao espírito do Evangelho; pois, na Velha Aliança se poderia invocar a Deus para que mandasse fogo do céu para consumir os adversários, mas, em Jesus, a mesma idéia antiga de “poder espiritual”, fora completamente banida, repreendida e abominada por Ele, que, ante tal proposta de piedade perversa [que eu chamo de peidade...] feita por João, apenas respondeu com a seguinte afirmação: “Vós não sabeis de que espírito sois!...”

“Toda Escritura é inspirada por Deus e apta para o ensino, a correção e a educação na justiça” — dizia Paulo; embora, ao assim dizer, não transferisse para as Escrituras nada além do poder de testemunhar Jesus, no que [...] e se [...] ela desse testemunho de Jesus; posto que para os apóstolos [e João declara isso], “o testemunho de Jesus era o espírito de toda a profecia”; ou seja: a finalidade de toda a Palavra escrita [...] era ser apenas, agora, testemunho da verdade dos fatos do encontro entre a humanidade e Deus, e, depois, entre os hebreus e Deus, e, ainda depois, acerca de Israel como nação e Deus como o Senhor das nações; e, agora, em Jesus, era o testemunho que não se poderia entender antes de haver Encarnação; por isto, para Paulo, Jesus era a Chave Hermenêutica para a compreensão das Escrituras...

Assim, em Jesus, se tem a separação nas Escrituras de tudo quanto fosse circunstancial, passageiro, cultural, histórico, necessário ao tempo, de um lado, e, de outro lado, tem-se o que é permanente, o que é definitivo, o que é eterno, o que é Evangelho antes da manifestação histórica do Evangelho...

Depois de Jesus a Bíblia é a coletânea de livros nos quais se pode encontrar o testemunho histórico/profético acerca de Jesus, mas não se tem nada além disso...

Por exemplo, depois de Jesus a leitura se inverteu... Já não se lê as Escrituras em busca do Messias, mas, a partir do Messias se lê o todo das Escrituras; visto que, depois de Jesus, tudo quanto não seja Evangelho segundo o espírito de Jesus, ainda que esteja escrito na Bíblia, caiu [...], segundo Paulo e o escritor de Hebreus [...], em estado de obsolescência e caducidade...

Sim, Jesus é tudo; e quem não considere Jesus assim [...], ainda não entrou no reino do entendimento segundo Deus.

Este é um fato ante o qual não há barganhas a propor...

Ou é assim..., ou, então, ter-se-á tudo com a grife Jesus, mas de Jesus mesmo não se terá nada...

Há, todavia, aqueles que se escandalizam quando digo que Jesus é o Único Verbo, a Única Palavra Eterna; e que o mais... [a Bíblia toda], é testemunho humano, inspirado; sim, testemunho dessa esperança ou dessa fé, mas não é nada..., além disso...; visto que em Jesus, e não na Bíblia, é que estão ocultos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento...

Sem tal visão tudo é idolatria...

Sim, a Bíblia vira ídolo, as Escrituras ficam maior que Jesus, e as doutrinas da “igreja” se tornam a “etiqueta comportamental de Deus”, conforme definida pelos homens...

Ou seja: porque deixou de ser assim é que herdamos a desgraça do “Cristianismo de Constantino”, que é o que se tem como “igreja” e “crença” em Jesus até hoje; mas que nada tem a ver com o Evangelho; posto que tudo tenha sido construído a partir da Bíblia como livro e dos “mestres” como decodificadores da revelação; e, em tal caso, Jesus tinha que se harmonizar com o todo da Escritura, e não a Escritura se harmonizar a Jesus [...].

Para os apóstolos, no entanto, se requeria a coragem de deixar de fora tudo quanto não coubesse mais [...] ante o avanço revelado da vontade de Deus encarnada em Jesus.

Esta é a coragem de ruptura que também se demanda de quem quer que queira tornar-se discípulo de Jesus, e de Jesus somente...

Você tem outra pretensão?...

Ora, nossa única pretensão deveria apenas ser o tornarmo-nos cartas vivas [...], evangelhos de carne e sangue [...], epistolas de reconciliação [...], escrituras feitas de inscrição no coração...

Sim, pois em Jesus, tanto como promessa feita pelos Profetas, como também mediante o Seu próprio Prometer aos Seus [todos] discípulos — está dito que todos os que Nele cressem seriam evangelhos andantes [...], cartas hebréias em sua mobilidade no caminho [...]; ao ponto de Paulo declarar que nosso chamado é para sermos cartas vivas, escritas pelo Espírito do Deus vivente; cartas essas vistas e lidas por todos os homens, mediante os nossos atos de amor, e nossa visão tomada pela mente de Cristo, que é o Evangelho.

Doutrina certa segundo Jesus é vida vivida em amor...

O que passar disso é Cristianismo, não Evangelho!

Pense nisso!



Nele, que é tudo que como tudo eu precise nesta vida ou em qualquer outra forma de existência,


Caio

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O grito de Deus

Na vida todo mundo já gritou um dia, e se ainda não o fez, certamente o fará. De fato há vários gritos no mundo. Cada momento pode retratar uma forma singular da expressão máxima de um sentimento através do grito. Veja por exemplo a criança quando nasce. Sem saber em que mundo se meteu, ou melhor, que a meteram, expressa sua primeira reação através do choro. Seu desligamento do mundo materno, levá-lhe a uma nova realidade de mundo, mesmo sem ter compreensão do que está acontecendo ou de onde está. Seu primeiro ato é chorar ao levar a primeira pancada da vida. Assim somos nós. Nosso choro está escondido no silêncio de nossa alma. Às vezes dá vontade de sair gritando, colocando pra fora todo sentimento que nos aprisiona dentro do nosso coração.

Como eu disse, há vários tipos de gritos. Há gritos de alegria, como aquele que soltamos quando o nosso time do coração faz o gol da vitória aos 48 minutos do segundo tempo ou quando sabemos da aprovação no vestibular ou em algum concurso importante. Há o grito da angústia, da fome, da morte, enfim, quem nunca gritou alguma vez, mesmo que tenha sido em silêncio?

Na Bíblia encontramos alguns gritos. O cego de Jericó é um bom exemplo. Ao ver o mestre passando pelas ruas, não podia perder sua única oportunidade. Era gritar ou permanecer cego para sempre. Sem perder a esperança e sem se importar com a multidão, ele gritou: “Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim” Imagine só, por um grito de fé, Bartimeu foi curado.

Há também o grito da acusação, quem nunca ouviu sua própria consciência gritando e acusando a si mesmo. Parece que algo dentro de nós nos sufoca, algumas vezes até pensamos em desistir da vida, desprezamos-nos por acharmo-nos indignos, incapazes, pequenos demais para sermos alguma coisa nesta vida. Quando olhamos para o mestre Jesus, percebemos que ele também passou por algo parecido, só que não era a sua consciência, mas uma multidão consciente. Imagine se você estivesse no lugar de Jesus e uma multidão gritasse “crucifica-o, crucifica-o”. O peso externo certamente abalou Jesus, o homem. Desprezado e amargurado, levando consigo mais do que o peso da cruz, levou o peso dos nossos pecados, da nossa consciência ferida, da nossa alma abatida, suportou a acusação e o grito de homens racionais: “crucifica-o, crucifica-o”.

O mestre suportara tudo em silêncio. Acredito que dentro de si, Jesus estava gritando pelo socorro do Pai, mas como sempre, assim como no monte das oliveiras, ele deve ter pensado, “mas que se faça a tua vontade”. E se Jesus pudesse gritar na hora da dor, o que ele faria? Na verdade ele gritou, não expôs a voz para ofender quem o ofendia, nem para humilhar quem o havia humilhado, simplesmente ele gritou por perdão. Deveria ser assim com cada um de nós, quando alguém nos ofendesse. Ao invés do grito do ódio e da ofensa, proferíssemos palavras de amor e perdão. Jesus, na cruz , gritou em alto e bom som “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. A voz foi ouvida em todo lugar, no céu, no inferno, na terra e nos nossos corações. Talvez nosso grito deva ser dado para dentro de nós mesmos, pois apesar de Deus nos ter perdoado, muitas vezes carregamos jugos dentro do nosso coração e somos incapazes de perdoar a nós mesmos. Talvez o nosso grito deva ser um pouco diferente “Eu me perdôo, pois Deus já me perdoou na cruz do calvário”.

O último grito da vida de muitos é o da morte, alguns se vão em silêncio, mas mesmos aqueles que se vão em silêncio, às vezes são despedidos com gritos de dor e saudade. Com Jesus, quem esteve em silêncio foi o Pai. Imagine você vendo o seu filho morrer sem poder falar nada, sem fazer nada. Deus só podia ficar em silêncio, vendo seu filho unigênito morrer como um assassino, um ladrão, um adúltero, um traidor, um sonegador, um mentiroso... Deus estava observando seu Filho morrer em nosso lugar com os nossos pecados e erros, sem ter culpa nenhuma do que fizemos, ele estava morrendo como cada um deveria morrer. A morte do Justo trouxe vida para os injustos. Na última hora antes da morte, ele soltou o grito que trouxe a oportunidade de vida aos homens, “tudo está consumado”. Aquele era o grito final, o grito de morte, trouxe a vida e paz ao coração humano. O grito de Deus foi dado para silenciar a morte de uma vez por todas. Deus gritou por todos nós. Ele gritou pela nossa independência da morte, só que seu grito lhe custou sua própria vida, seu Filho Jesus.

refletiragora.blogspot.com/2007/10/o-grito-de-deus

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

QUANDO A BÍBLIA FAZ MAL!

Sempre que se obedece à Escritura por causa dela mesma, se está cedendo à tentação do Diabo!

Não é de estranhar, portanto, que o pai da fé, Abraão, tenha vivido pela fé na Palavra antes de haver Escritura, mostrando-nos assim, que a Palavra precede a Escritura.

A fé vem pelo ouvir-escutar-crer-render-se à Palavra.

E a pregação só é Palavra se o Espírito estiver soprando. Do contrário, é só prega-ação!

E a pregação que não é Palavra é apenas estudo bíblico, podendo gerar mais doença do que libertação.

A grande tentação é fazer a Escritura se passar por Palavra. As Escrituras se iluminam como a Palavra somente quando aquele que a busca tem como motivação o encontro com a Palavra de Deus. Ou quando o Deus da Palavra fala antes ao coração!

A Bíblia é o Livro.

A Escritura é o Texto.

A Palavra É!

“Escritura” sem Deus é apenas um texto religioso aberto à toda sorte de manipulações!

No genuíno encontro com Deus e com a Palavra, a Escritura vem depois.

Sim! A Escritura vem bem depois!

O processo começa com a testificação do Espírito — pelo testemunho da Palavra de que somos filhos de Deus (Atos 16:14; Romanos 8:14-17; 10:17).

Depois, nos aproximamos da Escritura, pela Palavra. Então, salvos da “Escritura” pela Palavra, estudamo-la buscando não o seu poder ou o seu saber, mas a “revelação” imponderável acerca da natureza e da vontade de Deus, que daquele “encontro”—entre a Escritura, a Palavra e o Espírito — pode proceder.

Para tanto, veja João 5:39-40, onde o exame das Escrituras só se atualiza como vida se acontecer em Cristo.

Um exemplo do que digo é a tentação de pular do Pináculo do Templo. Tinha uma “base bíblica”— se levarmos em conta a Escritura como sendo a Palavra. Mas o que Jesus identificou ali foi a Escritura sem a Palavra.

Um ser pré-disposto ao sucesso teria pulado do Pináculo em “obediência” à Escritura e à sua literalidade, violando, para sua própria morte, a Palavra.

Sim! Estava escrito.

Porém, não estava dito!

Ora, é em cima do que está escrito mas não está dito, que não só cometemos “suicídios”, mas também “matamos” aqueles que se fazem “discípulos” de nossa arrogância, os quais, motivados pelas nossas falsas promessas, atiram-se do Pináculo do Templo abaixo.

E é também por causa desse tipo de obediência à letra da Escritura que nós morremos.

A letra mata!

Olhamos em volta e vemos o Livro de Deus em todas as prate-Lei-ras. Vemos o povo carregando-o sob o braço e percebemos que eles são apenas “consumidores de Bíblias”.

Vemos seus lideres e os percebemos, muitas vezes, apenas como “mercadejadores” de Bíblias e dos “esquemas” e “programas” que se derivam do marketing que oferece e vende sucesso em “pacotes em nome de Jesus”.

Sim! E isso tudo não porque nos faltem Bíblias e muito menos acesso à Palavra.

O que nos falta é buscar a Deus por Deus.

O que nos falta é sermos filhos amados de Deus não porque isto nos dá status Moral sobre uma sociedade que não é mais perdida que a própria “igreja”, coletivamente falando, é claro!

O que nos falta é a alegria da salvação, sendo essa alegria apenas fruto de gratidão.

É somente na Graça que a leitura da Bíblia tem a Palavra para o coração humano. Sem a iluminação do Espírito a Bíblia é apenas o mais fascinantes de todos os best-sellers.

Caio

domingo, 8 de novembro de 2009

Movimento pela Regeneração da Igreja na história

Nos dias da Reforma Protestante, 95 foram as teses. Hoje a tese é uma só: Se tudo é Graça de Deus, então, não há barganhas a serem nem propostas e nem aceitas, jamais.
Portanto, eis como segue:

1. Há um só Deus, que se revelou como Pai, Filho e Espírito Santo; sendo, no entanto, um só Deus; e tal realidade divina pode ser por nós apenas crida, mas jamais entendida. Ora, sem fé é impossível agradar a Deus!

2. Tudo e todos os que existem foram criados por Deus e para Deus; e Deus ama a todas as Suas criaturas e criações; posto que sendo amor a natureza de Deus, tudo o que Ele criou por amor o criou.

3. Deus é Amor; portanto, Deus é Graça; visto que somente no Amor há Graça; sendo também esta a razão de Deus haver feito o Sacrifício Eterno pela Sua criação e todas as Suas criaturas, antes mesmo de criar qualquer coisa; posto que o Cordeiro Eterno de Deus, que é também o Filho, entregou-se como Redenção e Remissão de pecados antes que qualquer coisa, ente, criatura ou dimensão tivessem sido criadas.

4. As transgressões que houve e há na criação, não demandaram de Deus um "improviso", um remendo; posto que a Graça do amor de Deus revelado aos homens não seja um improviso, mas a consecução do amor que já se dispusera a tudo por amor à criação antes de haver mundo.

5. Deus é amor, é, portanto, Pessoa; pois não há amor sem pessoalidade. Por isto ao criar seres capazes da pessoalidade, Deus chamava a Sua criação a um vinculo de relacionalidade com Ele, em amor, verdade e graça.
6. Sendo Deus Eterno e Infinito, e o homem mortal e finito, não há meios de o homem ou qualquer criatura discernirem Quem Deus é a menos que Deus faça revelação de Si mesmo.
7. Portanto, tudo quanto de Deus possa ser sabido nos vem exclusivamente por revelação; seja a revelação Dele mediante a Natureza das coisas criadas, seja pela iluminação da consciência, seja pelas Escrituras que decorreram da fé de Abraão, seja pela ciência como apreensão da revelação livre que Deus faz de Si mesmo.

8. A Palavra de Deus, portanto, se manifesta de muitos modos; entretanto, uma só é a Palavra; e toda a sua revelação está manifesta em Jesus, que é o Verbo Eterno, a Palavra antes de qualquer Natureza, Consciência, Ciência ou Escritura; posto que somente em Jesus seja possível discernir Deus em Sua plenitude de revelação aos homens. Afinal, Jesus disse: "Quem me vê a mim, vê o Pai" [...] "Eu e o Pai somos Um".

9. Sendo Deus Eterno e totalmente transcendente ao homem, tudo o que Dele nos venha é Graça; e sem Graça, favor divino em todas as coisas, nada pode ser por nós apreendido como bem eterno em razão de nossa incapacidade de discernir o Eterno e Infinito, especialmente quanto a aprender a Sua vontade.

10. Além disso, pela mesma razão, somente se pode manter relação com Deus mediante a fé, posto que a fé se abra para todas as coisas, visíveis e invisíveis; e mais: somente a fé não conhece impossível; portanto, somente pela fé se pode manter vinculo com Aquele está para além de toda compreensão.

11. Ora, sendo Jesus o Cordeiro Eterno de Deus que se manifestou na História, o fez no mesmo espírito da Graça Eterna, a mesma concedida à criação e às criaturas antes que houvesse mundo. Por isto Jesus não é o Deus dos cristãos, nem de qualquer grupo humano, nem o fundador do Cristianismo, nem o Deus dos crentes que assim se confessem apenas pela filiação a uma agremiação religiosa... Antes pelo contrário, Ele é a verdadeira Luz que vinda ao mundo ilumina a todos os homens; posto que Jesus tenha sido apresentado a nós como pertencendo a uma Ordem Sacerdotal Superior, não religiosa, não humana, e que é descrita como sendo a Ordem de Melquizedeque, na qual todos os seres humanos, sabendo ou não de tamanha Graça a eles disponível em Cristo, nela estão incluídos por uma decisão unilateral do amor de Deus; posto que Deus estivesse em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo.

12. Desse modo, tudo quanto concerne ao homem como necessidade, surge de Deus como solução do amor na Graça; a saber: arrependimento, fé, salvação, redenção, perdão, justificação, alegria, santificação e esperança eterna. Assim, não há nada que seja essencial ao homem que seja provisão do homem para o homem; pelo contrário, tudo provém de Deus.

13. Por esta razão o povo de Deus é o Povo da Graça; pois, quem quer que esteja em Deus só o está em razão de ter sido incluído gratuitamente em tão grande salvação.

14. Além disso, esse Povo de Deus é chamado a tornar-se seguidor de Deus nos passos de Jesus; e, por isto, só é Povo de Deus [e, portanto, Igreja], aquele que se entregar a Deus apenas crendo que no Cordeiro Eterno, Cristo Jesus, Tudo Está Consumado; não restando ao homem nada a fazer a fim de completar o que já estava Feito antes de haver mundo.

15. É porque o Evangelho é assim, e porque Jesus assim ensina, e, além disso, por ter sido apenas este o Fundamento Apostólico sobre o qual a revelação da Nova Aliança se deu, é que afirmamos com temor e santo temor que:

15.1. O que se fez nesses 1700 anos de História Cristã Romana, da qual a própria Reforma Protestante não deixou de ser herdeira, rompendo com muitas coisas, mas não com todas, tornando-se assim, de certa forma, apenas uma Re-forma, mas não uma Revolução de sentidos, conteúdos, e, sobretudo, de simplificação não de formas, mas de espírito — é ainda algo totalmente insatisfatório; posto que seja ainda um reformar, mas não uma ruptura de conteúdos, de dogmas, de doutrinas humanas, de lógicas mundanas, todas elas criadas pelo Pai do Cristianismo e seus auxiliares históricos: o Imperador Constantino.

15.2. Que o que provocou a Reforma nos dias dos Reformadores do Século XVI, tornou-se algo revivido com ênfases e disfarces de maldade ainda maior entre nós, hoje; posto que agora tudo seja feito com máscaras do "nome de Jesus", porém, com modos que fazem as vendas de Indulgências que deram pavio ao fogo da Reforma, tornarem-se temas inocentes de presépio infantil.

15.3. Que as barganhas, as negociatas, as campanhas de exploração da credulidade do povo, o uso perverso da Bíblia, o espírito de troca e comercio, as maldições e ameaças pronunciadas "em nome de Jesus", os novos apóstolos do dinheiro e da prosperidade, o desenfreado comercio da fé como produto, a utilização de todos as formas de manipulação e engano, as inegáveis manifestações de ações criminosas em nome da fé, o uso político da igreja e do nome de Jesus, e tudo quanto entre nós hoje se define como "igreja" e sua prática histórica, não mais é que um estelionato sem tamanho e medida, e que faz a Igreja Católica do Século XVI uma entidade de bruxos aprendizes daqueles que entre nós hoje são pastores, bispos, apóstolos e candidatos diabólicos à divindade.

15.4. Que não é mais possível usar termos como "evangélico", que deveria significar "aquilo que carrega a qualidade do Evangelho", nem termos como "Igreja", que deveria apenas ser a assembléia dos crentes no Jesus dos Evangelhos — posto que "evangélico" tenha se tornado aquilo que no Evangelho é descrito como sendo anti-evangélico, e "Igreja" tenha se tornado aquilo que no Evangelho é apenas uma multidão perdida e sem pastor, tamanho é o descaminho dos seus guias e condutores do engano.

15.5. Que não é mais possível conviver passivamente com tamanho engano blasfemo, sob pena de nos tornarmos indesculpáveis diante de Deus, desta geração, e das que ainda virão.

15.6. Que hoje se ouve a Voz de Deus, dizendo como fez antes muitas vezes, e no futuro ainda voltará a dizer: "Sai do meio dela, ó povo meu!" Sim, pois "o Senhor conhece os que Lhe pertencem"; e deseja separar Seu Povo do convívio perverso não no "mundo", mas, sobretudo, no "ambiente chamado 'igreja'"; posto que, pela anuência silenciosa, estamos corroborando o engano para aqueles que não sabem discernir entre a mão direita e a esquerda.

15.7. Portanto, convidamos a todo aquele que ainda crê em Jesus segundo a pureza do Evangelho, que assuma hoje, e para sempre, uma total ruptura com tudo aquilo que se disfarça sob o nome de Jesus, mas que nada mais é do que manifestação do engano, até que chegue o Dia quando todo "Senhor, Senhor" que não teve correspondência de obediência ao Evangelho, de Jesus ouvirá o terrível "Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim todos vós que praticais a iniqüidade".

15.8. Aqui, sem alarde, com total sinceridade no Evangelho, convidamos você a abraçar a busca da Regeneração; pois, o que a "igreja" precisa a fim de se tornar Igreja, segundo Jesus, é de Regeneração, de conversão, de arrependimento e de iluminação do Evangelho na Graça de Deus.

15.9. Portanto, não temos barganhas a fazer com tudo aquilo que, mesmo sendo anunciado "em nome de Jesus", nada tenha de Jesus e do Evangelho; e assim fazemos porque temos certeza de que seremos cobrados por Deus se nos mantivermos alheios, silenciosos, perversamente educados no nosso assistir da mentira na sua prevalência histórica contra a verdade e a simplicidade do Evangelho.

15.10. Estas são as teses puras e simples deste momento/tempo de Busca de Regeneração de nós mesmos no Evangelho. Quem diz amém ao Evangelho de Jesus, esse não temerá viver todas as implicações dessa decisão proposta não como Reforma, mas como Regeneração.

Nele, que nos chama a servi-Lo hoje, nesta geração, pois a ela estamos endividados pelo conhecimento da Verdade em Jesus,

Caio Fábio D'Araújo Filho
E quem mais assinar antes ou depois de minha assinatura...
21 de outubro de 2009
Lago Norte
Brasília / DF
www.caiofabio.com

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Unir-se à igreja (com “i” minúsculo mesmo) de coração e alma

posted by Sandroin

Isso pode soar estranho, mas um ponto de conversão em minha vida veio quando eu decidi me unir à minha própria igreja. Eu não quero dizer me unir a ela “oficialmente”, mas me unir emocionalmente. Eu percebi que estava do lado de fora olhando para dentro. Eu me sentia confortável sendo “o líder” ou “o profissional”, mas não tinha me identificado com a igreja como uma pessoa, como um companheiro de peregrinação. Eu me sentia seguro escondendo-me atrás de minhas funções e responsabilidades, mas não podia genuinamente trazer cura para os outros e experimentar cura em mim mesmo quando eu estava sempre um passo distante deles.
Na noite que Jesus predisse a traição de Pedro, Jesus ofereceu lavar os pés de Pedro e Pedro inicialmente recusou. De algum modo, Pedro sabia que permitir que Jesus o servisse desse modo iria provocar um dilema irreconciliável. Pedro não estava pronto para oferecer-se a si mesmo para seus amigos e, portanto, ele não podia participar da oferta de Jesus para servi-lo. Ele não podia receber livremente porque não podia dar livremente. Ele não podia dar porque não podia reconhecer a si mesmo como igual a seus irmãos. Ele estava de fora olhando para dentro.
Eu estou tentando “me unir” mais. Hmmm. Parece arriscado. – Sam Rockwell

Encontrei a reflexão acima no facebook de um amigo que tem me ensinado muito no decorrer dos anos. Foi ele quem me apresentou Henri Nouwen ao me dar de presente em 1997 o livrete In the Name of Jesus (publicado no Brasil sob o título O Perfil do Líder do Século XXI). Foi ele também quem me apresentou aos escritos de Eugene Peterson e mais recentemente de Frederick Buechner. A sua reflexão é, de alguma forma, uma exortação sobre o unir-se à igreja em vez de ficar olhando do lado de fora (posição crítica e invariavelmente estéril).

É curioso que este permanecer “de fora” em relação a igreja é algo que eu tenho refletido muito a respeito ultimamente. Parece que tem tanta gente machucada (ou tanta gente vendo tanta gente machucada que, por sua vez, está com medo de ser machuca também) que esse unir-se emocionalmente – de coração e alma – à comunidade é algo cada vez menos praticado. Tem gente demais olhando do lado de fora. Estão dentro, mas “não estão dentro”.

Uma das passagens mais inspiradoras das Escrituras para mim se encontra no livro de Atos e diz respeito a comunhão daqueles que creram em Jesus – uma era a mente e um o coração. Essa nem sempre tem sido a experiência das comunidades de fé. Mais vezes do que nunca, parece que o que vemos são comunidade sem comum-unidade, semelhantes às crianças espirituais de Corinto que estavam divididas em torno de personalidades carismáticas (1 Coríntios 3). Não é de estranhar a falta de poder na igreja, quando divisões são evidentes. E como visto na igreja de Corínto, divisões geralmente são carnais e imaturas, raramente nascem de um mover genuíno do Espírito. Que Deus nos ajude a promover mais unidade de mente e coração do que divisão carnal. Que possamos ter mais coragem para nos unir mais (com-unidade) nesse negócio arriscado chamado comunidade.

FONTE: sandrobaggio.com

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Pastores perdidos e prostitutas salvas




Por Márcio de Souza

Vivemos em um mundo maluco mesmo né... Este é um tempo onde nada é previsivel. Vemos de um lado, homens de terno, empunhando Bíblias que são capazes de coisas terríveis como violentar crianças, roubar a individualidade do outro (nem o diabo faz isso como pastores) e se aproveitar da miséria alheia. Do outro lado vemos os micróbios da sociedade, abandonados, entregues a própria sorte, ao DEUS DARÁ que são capazes de dividir seus poucos restos de comida, de abrir espaço na calçada onde dormem para que mais um desafortunado deite a seu lado. Ta tudo mudado...

Será essa a diferença? Enquanto uns dependem de seu esforço outros estão ao Deus dará?

Eu escuto mais sentenças cristãs da boca de um travesti na rua São João do que na boca de um pastor. Eu vejo mais solidariedade de um mendigo do que de um tesoureiro de igreja. Eu vejo mais preocupação no semblante descaído de gente que vive abaixo da linha da miséria do que nos prédios luxuosos da classe alta.

É preciso fazer algo para equalizar as coisas. Vida simples aos que vivem nababescamente e solidariedade para que os que vivem na miséria extrema tenham o básico. O mandamento de Jesus está sendo preterido, não amamos o próximo como a nós mesmos, não fazemos esforço pra que alguém coma melhor ou tenha um teto pra morar. Estamos olhando pro nosso umbigo e vivendo a revelia, sem seguir o mestre, mas fazendo o que dá certo. Orações pomposas impedem que o clamor dos becos chegue aos nossos ouvidos. O resumo disso tudo é: Igrejas cheias, barrigas vazias.

Fonte: blog do Márcio de Souza

(*) Imagem: De um lado, o conhecido bispo da IURD. Do outro, Annie Lobert - ex-prostituta, que faz um trabalho evangelístico junto com outras mulheres em zonas de prostituição em Las Vegas.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Charles Spurgeon



By Jota Mossad | Published: December 12, 2008

Como eu sou fascinado por esse homem. Charles Spurgeon. Fico pensando se existe um homem como ele hoje com tanta franqueza, dedicação, amor, e uma iluminação acima da media por parte de Deus. Moddy encontrou Spurgeon e descobriu que ele fumava charutos, ele ficou um tanto surpreendido e desconcertado. 90% dos cristãos hoje ficariam. Mas Spurgeon lhe assegurou que nunca tinha exagerado. Moody perguntou cortesmente, “E o que você consideraria um exagero?”. Spurgeon respondeu, “Fumar dois ao mesmo tempo”. Spurgeon parou de fumar charutos quando a loja de tabaco onde ele os comprova começou a se auto-anunciar como, “A Loja Onde Spurgeon Compra Seus Charutos”.

Um cara que eu olho e vejo o equilíbrio que ele conseguiu atingir, ele não parou de fumar por causa do Moody, mas por causa da loja, ele não queria que outros vissem ele como exemplo disso.

Eu tenho 25 anos e preguei poucas vezes que dá praticamente todos meus dedos do corpo, antes dos 20 anos de idade, Spurgeon pregou 600 vezes. Numa época que não se media membros como hoje com 19 anos de idade, uma Igreja convidou para um teste de seis meses. Ele disse que aceitaria somente um teste de três meses pois, “Eu não queria me tornar um obstáculo”. Quando ele chegou tinha 232 membros. Trinta e oito anos depois o total era de 5.317 com outros 9.149 que tinham sido membros (mudanças, mortes, etc.).

Hoje temos pessoas que querem fazer historia, mas não como os heróis da fé, mas como a música do Delirius “History Makers”. Jovens que tem motivações corretas, mas infelizmente nem todas são certas. Jovens que pegam seletivamente exemplos de Spurgeon e irmão André fumando, Bono Vox bebendo e não freqüentando uma igreja e seguem como essas pessoas só fossem isso. A falta do conhecimento pessoal de Deus através da Bíblia pode destruir qualquer um que tenha o sonho de fazer historia como fazer historia se não rola uma tete a tete com Deus? não porque tal conhecimento esteja fora do alcance de todos, mas porque as pessoas continuam ignorando a verdade revelada por Jesus. A verdade está disponível a todos através da Bíblia. O pecado é alimentado pelos costumes que são opostos à vontade de Deus.

“Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas OBRAS ERAM MÁS. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas OBRAS NÃO SEJAM REPROVADAS”. Isso é João 3.19,20