sábado, 30 de janeiro de 2010

SEXO, BEBIDA, CIGARRO E IGREJA!

From: SEXO, BEBIDA, CIGARRO E IGREJA!
To: contato@caiofabio.com
Sent: Sunday, October 05, 2008 10:59 PM
Subject: QUAL IGREJA?

Caro Pastor!

Sou evangélico há seis meses. Vivo num certo desconforto espiritual, pois tive que deixar coisas que eu gostava de fazer para não "magoar CRISTO" e não ir para o inferno.

Posso servir a CRISTO e beber, fumar, dançar, ouvir músicas seculares, ler livros seculares, praticar sexo sem casar?

Para ser salvo tenho que freqüentar uma igreja? Qual?

Por favor, me oriente!

Seu irmão em CRISTO!!!
___________________________

Resposta:

Meu irmão querido: Graça e Paz!

Se seu interesse é em Deus, em Jesus e na Vida Eterna, então, é vida que você quer. Ora, se é vida que você deseja ter, então, é de vida que você tem que se ocupar. Assim, não falamos de normas de homens, mas apenas do que Deus chama vida para o homem. Desse modo, Paulo diz: “Todas as coisas me são licitas, mas nem todas edificam ou me convém. Todas as coisas me são licitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhum delas.”

Paulo também disse que não se deve usar a liberdade que temos em Cristo a fim de se dê lugar a nada que seja contra aquilo que Deus, em Jesus, chama Vida. Você pode o que você quiser, devendo apenas se perguntar: Que bem isso me faz? Ou ainda: Isso que eu gosto tanto pode fazer mal a alguém que não tem o mesmo entendimento que eu? Ou também: Esse sexo sem amor e sem significado que eu gostaria tanto de fazer por fazer, porque eu gosto, de fato realiza o quê de bom em mim e na pessoa da qual me sirvo?

Ora, aqui no meu site você pode ir ao serviço de Busca e escrever as palavras “sexo”, “bebida”, “cerveja”, “Skol”, “vinho”, “fuma”, etc. — e você encontrará respostas especificas para as suas questões tópicas.

Eu, todavia, aqui, agora, já, quero apenas dizer a você o seguinte: Você não “magoa a Cristo” quando faz qualquer das coisas acima. Sim! Jesus não faz beicinho! Ele já nasceu Deus. Crescido. E mais: Ele não é tolinho e nem escandalizável. Ele aguenta tudo. Ele é amor. O amor é invencível. Você faz mal a você mesmo, ao seu futuro, e, sobretudo, ao seu dia de hoje, no qual são forjadas e reforçadas as suas fibras de ser. Entretanto, você só se fará mal se fizer mal a si mesmo no fazer e usar tais coisas.

Fumar você pode; e pode fumando ir para o céu. Mas e daí? A porcaria do cigarro faz mal aqui, já, no dia de hoje, e, com certeza, fará mais mal ainda amanhã. Portanto, o que há de bom em voltar para ele se você pode estar já livre dele para sempre? Entretanto, você pode fumar e ir pro céu fumado. O problema não é o céu, é a terra, é o pulmão, o coração, a circulação, a vitalidade física e sexual. Sem falar no tempo gasto, no dinheiro e também no condicionamento psicológico e físico que o cigarro produz.

Beber? Ora, beba. Mas não se embriague. Beba, mas não dirija. Beba, mas esteja sempre sóbrio e lúcido. Beba, mas não seja bebido pela bebida... Ora, o maior sinal de que a bebida bebe a pessoa é quando a pessoa passa a ter que beber todos os dias, ainda que não se embriague. Quando o individuo se jacta de não se embriagar embora beba todos os dias, é porque a bebida já o bebeu e ele não sentiu ainda. Mas logo sentirá pelas mudanças súbitas de humor, ao ponto de que ficará cada vez mais bem-humorado quando beber, e, por isto, beberá mais.

Música secular? O que é isso? Deve ser coisa de crente! Ora, ouça boas músicas. Apenas isto. E tome cuidado com uma tal de “música Gospel” que tem por aí, pois, em geral, faz muito mal aos crentes, embora eles não saibam disso de saída.

Sexo? Deus diz que sexo é bom. Foi Ele que fez. Portanto, o que há de errado com o sexo, exceto com o que o homem fez dele? Sexo é coisa tão boa que não deve ser feita de modo tão ruim e sem significado. Sexo sem significado, promovido apenas pela avidez que tem sua fonte na insegurança dos seres aflitos por afirmação pela via genital, faz muito mal à alma.

Sim! Sexo deve ser o resultado de um encontro que gerou um significado profético no amor: ambos, homem e mulher, olham para frente e imaginam o quão melhor a vida seria se ambos fizessem de suas existências individuais uma vida só para os dois. Ora, quando a consciência é essa, e ambos são responsáveis o suficiente para tomarem tal decisão, então, o sexo é apenas a continuidade simples e natural.

Assim, acaba a questão de transar antes ou depois de casar, pois, em tal caso, tendo a consciência que acima descrevi, somente quem é casado transa, posto que a transa é o rito mais essencial de todo verdadeiro casamento. Quando se tem consciência do significado do sexo ele se torna o rito supremo do casamento dos que já estão casados pelo amor consciente e responsável. O mais... — não é casamento.


No cartório a gente faz contrato. Na “Igreja” [templo] a gente mostra os que estão “se casando”. Mas tanto no cartório quanto na “igreja” ninguém faz casamento. Aliás, ninguém tem o poder de casar a ninguém diante de Deus. Diante de Deus somente entram o homem e a mulher; e isto não é no dia da cerimônia, mas no dia em que assumem que se amam.

Agora, saiba: Só vale fazer qualquer coisa ou deixar de fazer, se for por amor e em fé. Sem fé a gente se condena em tudo o que faz. E sem amor nada aproveita.

Portanto, você e eu temos que fazer tudo com fé e amor grato. Transar, comer, beber, namorar, casar, trabalhar, ser amigo, ser pai, mãe, filho, irmão, ou qualquer outra relação, têm que ser feitos e realizados com fé e amor; pois, sem ambos, nada é puro e aproveitável. Afinal, Jesus disse que aquele que é Seu discípulo faz tudo com amor. Esta é a obediência aos Seus mandamentos: amar sempre.

Assim, você tem apenas que perguntar se você ama a pessoa que você pensa em usar por uma noite apenas. É amor? Ou então se é amor namorar alguém e usar outras pessoas sexualmente? Ou se é amor beber até cair ou falar um monte de bobagens? Ou se é amor fazer qualquer coisa que possa deixar a você mesmo mal e outros infelizes?

Portanto, leia os textos que sugeri a você no inicio da carta, e, mais que isto, busque entender a razão de seu chamado em Cristo [a leitura de meu site vai ajudar você nisso em muito], pois, você não foi chamado para não fazer, mas sim para ser. Por isto, leia tudo o que você encontrar na Busca do site sobre “discípulo”, “discipulado”, etc.

Quanto a se dever freqüentar uma igreja, digo a você que não necessariamente. Você deve ser parte da Igreja, e você já porque crê em Jesus. Assim, você deve congregar-se em algum lugar no qual você seja de fato edificado na fé e no entendimento do Evangelho. Mas... freqüentar de modo mágico, como se não indo a desgraça fosse chegar, não, mil vezes não!

Tudo em Jesus tem a ver com vida. Se a freqüência a algum grupo lhe traz graça e vida em Jesus, ajudando você a crescer em fé, amor e entendimento espiritual, então, freqüente aí. Caso contrário busque um lugar que seja assim.

Leia a Bíblia, o Novo Testamento! Procure na Busca do site pelas palavras “Escritura”, “ler”, “Palavra”, etc. Vá ao meu site — www.caiofabio.com — e visite o canal “Caminhando”, e lá veja se há um grupo do “Caminho da Graça” perto de você.

Receba meu carinho!

Nele, que deseja levar você às coisas excelentes, e não às medíocres,

Caio

6 de outubro de 2008
Lago Norte
Brasília
DF

Empregado? Prostituta!

Que valor tem as pessoas? O salário do empregado só é igual ao do patrão se este souber fazer algo que o patrão não saiba. Portanto dificilmente encontrará sinceridade no discurso dos empregadores ao dizerem que preocupam-se com a qualidade de vida das pessoas. A verdade é que preocupam-se mesmo apenas em como aumentar a produtividade do trabalho alheio.

O salário de um pastor-presidente é quantas vezes maior que o da faxineira da igreja? E quem trabalha mais? Este tipo de pergunta dificilmente é bem vinda. Somos um povo que possui garras afiadas para apontar as injustiças dos políticos, porém igualmente avessos à justa prestação de contas. Mas como replicar o ensino de que devemos nos envolver financeiramente nos desafios empreendidos pelas instituições religiosas se muitas vezes nem nós mesmos acreditamos neles?

Emprego é um tipo de prostituição. Fingimos satisfação para o patrão pensar que está valendo seu dinheiro gasto. Já o emprego na igreja pode ser duas vezes pior. Claro que em todo lugar há exemplos vivos de pessoas que derramam sua vida em favor do serviço (arte de servir). Só que infelizmente a grande maioria prostitui-se para sobreviver. E nós na maioria das vezes somos coniventes com isto. Não se pode desconsiderar que sacrificar-se por pouco sempre será mais difícil que sacrificar-se por muito. Podem distorcer o quanto quiserem o ensino de que passar camelos pelo fundo de uma agulha é algo viável em “seu caso”. Mas a indiferença dos que insistem em afirmar que isto pode ser feito tão facilmente, está refletida na história daqueles que todos os dias são injustiçados na divisão das “ofertas”. Partilhar segundo as necessidades? Este trecho está fora de moda.

“‘Trabalhador” é aquele que está mais preocupado com o resultado de seus esforços do que com os benefícios que obtém dele. Porém indiscutivelmente é mais fácil ser aquele que faz os próprios salários. Seja na iniciativa privada, ou na iniciativa eclesiástica.

Me pergunto se, de todos os “recursos” depositados aos pés dos apóstolos para que se exercessem justiça social, eles primeiramente separavam sua porção. Talvez eu tenha compreendido errado, mas parece que o povo sentiu-se compelido a ofertar por verem nos discípulos de Jesus o exemplo. Exemplo… coisa fácil de citar… e difícil de mostrar nos dias de hoje.

De toda sorte de “posições” existentes na igreja do primeiro século, claramente distinguimos duas importantíssimas: os que se dedicavam à palavra de Deus… e os que se dedicavam ao serviço. Curiosamente há mais pré-requisitos para os que seriam escalados para o tal diaconato do que para o ensino da palavra. Os mestres precisavam ser homens íntegros, exemplares e que dominam bem a palavra. Porém os diáconos precisavam ser também BONS ADMINISTRADORES. Assim, aqueles que ocupavam os púlpitos preocupavam-se apenas em serem bons “trabalhadores”. E igualmente usufruiam das ofertas segundo a medida da necessidade, idoneamente avaliadas pelos homens do serviço.

Penso que prostituição, a grosso modo, é pagar por aquilo que deve ser de graça.

A palavra de Deus diz que aquele que se prostitui, peca contra o próprio corpo. Portanto sexualmente ou ideologicamente, aqueles que se vendem em razão de obterem dinheiro para satisfazerem os desejos de seus ventres, inevitavelmente sofrerão as mesmas consequências.

Aos tais, alerto que abandonem suas práticas abomináveis, arrependam-se e vivam dignamente o caminho que leva à eternidade. E o que passar disto, é mentira.

Diante de tantas palavras duras, concluo: continuaremos nos prostituindo? E continuaremos a consumir o esforço alheio sem o justo pagamento? Não basta dizer “eu não estou envolvido nisto”. É preciso protestar, exigir, interferir. Os omissos são igualmente responsáveis e prestarão contas disto no devido tempo.

Ariovaldo Jr

FONTE: www.ariovaldo.com.br

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

PALAVRANTIGA - VEM ME SOCORRER



Olá pessoal...


Como estão todos? Espero que bem, e desfrutando de cada movimento da vida... Movimentos estes que Deus nos permite sentir, nos permite fazer parte. E é com muita alegria que venho compartilhar uma coisa muito boa com vocês, uma dessas coisas que quando experimentamos nos leva lá pra cima, para um lugar onde encontramos abrigo seguro, e uma paz sem palavras para descrevermos... E uma alegria singela e pura, onde o amor realmente é real, o amor de Deus.

Sim, falarei novamente sobre música, sobre boa música, música de caminhada, de experiência e esperança; música que não canta somente utopias, mas também as fragilidades, as nossas fragilidades... Mas, acima de tudo canta a dependência a nossa gigantesca necessidade de conhecermos a graça.

“Vem Me Socorrer” é a nova música de trabalho dos irmãos do Palavrantiga, música que estará no álbum “Esperar é Caminhar”, que será lançado em breve, espero que até o final deste ano. Essa versão que estou postando aqui foi retirada do Youtube, o áudio não está com qualidade muito boa, mas já dá pra termos noção de como será o disco... Confesso a vocês que já ouvi dezenas de vezes a música, mas, o que me impressiona não é só o fato de ser uma boa música, não; não é só por que os caras são bons músicos, ou por que é uma boa composição... Não. A alegria é por saber que por trás disso há um fato que torna a música verdadeiramente sobrenatural; a experiência, a luta, a caminhada e o motivo pelo qual ela surge...

Que a graça continue abundante na vida desses caras, na sua vida Marcos, você, que como diz o Lucas, é um sentimental, não por ser alguém que é levado por meras emoções, mas que é sensível àquilo que Deus nos dá na caminhada, e você tem o dom de traduzir tais coisas nas suas canções, tirando-as até mesmo do silêncio. Parabéns meu mano pelo seu talento, você além de um excelente músico, compositor, escritor e filósofo, rs, é um amigo empenhado em compartilhar a boa nova e as maravilhas da graça.

É isso pessoal, espero que curtam esse som assim como eu curtir, e que a música faça diferença em nossas vidas, que ela nos instigue a mudar, a crescer, a sermos melhores e a querermos estar nesse lugar seguro que é a presença de Deus e o seu amor...


Como diria o Marcos, “Abraço demorado...”!

FONTE: musicaepalavra.blogspot.com

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A Igreja que não existe mais!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

01.
“Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos.” At 2. 43-47

Na época do surgimento da Igreja do Novo Testamento, a palavra igreja significava, apenas, uma reunião qualquer de um grupo organizado ou não. Assim, o texto nos revela que havia um grupo organizado em torno de sua fé (Todos os que criam estavam unidos) – todos acreditavam em Cristo.

Segundo o texto, os participantes do grupo do Cristo não tinham propriedade pessoal, tudo era de todos (tinham tudo em comum)– os membros desse grupo vendiam suas propriedades e bens e repartiam por todos – e isso era administrado a partir da necessidade de cada um; e se reuniam todos os dias no templo; e pensavam todos do mesmo jeito, primando pelo mesmo padrão de vida (unânimes); e comiam juntos todos os dias, repartidos em casas, que, agora, eram de todos, uma vez que não havia mais propriedade particular; e eram alegres e de coração simples; e viviam a louvar a Deus; e todo o povo gostava deles, e o grupo crescia diariamente. Diariamente, portanto, havia gente acreditando em Cristo, se unindo ao grupo, abrindo mão de suas propriedades e bens e colocando tudo a disposição de todos.

Essa Igreja era a Comunhão dos santos – chamados e trazidos para fora do império das trevas, para servirem ao Criador, no Reino da Luz.

Essa Igreja não precisava orar por necessidades materiais e sociais, bastava contar para os irmãos, que a comunidade resolvia a necessidade deles.

Deus havia respondido, a priori, todas as orações por necessidades materiais e sociais, fazendo surgir uma comunidade solidária.

O pedido: “O pão nosso de cada dia, dá-nos hoje. (MT 6.9) ” estava respondido, e diariamente.

Então, para haver o “pão nosso” não pode haver o pão, o bem ou a propriedade minha, todos os bens e propriedades têm de ser de todos.

Mais tarde, eles elegeram um grupo de pessoas, chamadas de diáconos – garçons, para cuidar disso (At 6.3). Então, diante de qualquer necessidade, bastava procurar os garçons, que a comunidade cuidava de tudo. Era o princípio do direito: se alguém tinha uma necessidade, a comunidade tinha um dever.

Essa Igreja não existe mais!

02.
“Está doente algum de vós? Chame os anciãos da igreja, e estes orem sobre ele, ungido-o com óleo em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.” Tg 5.14,15

Os membros da comunidade do Cristo não precisavam orar por cura física, bastava procurar os presbíteros: lideres eleitos pelo povo, a partir de suas qualidades como cristãos (1Tm 3.1-7); que eles ungiriam com óleo, que representa a ação do Espírito Santo, porque é o Espírito Santo, quem unge e cura (Lc 4.18), e a pessoa seria curada; claro, sempre segundo a vontade do Senhor, porque essa é a regra de ouro: “Venha o teu Reino, seja feita a tua vontade, assim na Terra como no Céu. (MT 6.10)”

Os crentes em Jesus de Nazaré, não precisavam fazer varredura espiritual para ver se tinham qualquer problema, parecido com o que hoje é chamado de maldição hereditária, ou similar. A oração dos presbíteros ministrava o perdão de Deus, conquistado por Cristo na cruz e na ressurreição.

Deus havia respondido todas as orações por cura física pela instituição de presbíteros, que tinham a autoridade para ministrar o poder de Cristo sobre a enfermidade, segundo a vontade de Deus, dependendo, portanto, apenas, do que o Altíssimo tivesse decidido sobre a pessoa em questão.

Essa Igreja não existe mais!

03.
Pelo que orava a Igreja do Novo Testamento?

“Mas eles ainda os ameaçaram mais, e, não achando motivo para os castigar, soltaram-nos, por causa do povo; porque todos glorificavam a Deus pelo que acontecera; pois tinha mais de quarenta anos o homem em quem se operara esta cura milagrosa. E soltos eles, foram para os seus, e contaram tudo o que lhes haviam dito os principais sacerdotes e os anciãos. Ao ouvirem isto, levantaram unanimemente a voz a Deus e disseram: Senhor, tu que fizeste o céu, a terra, o mar, e tudo o que neles há; que pelo Espírito Santo, por boca de nosso pai Davi, teu servo, disseste: Por que se enfureceram os gentios, e os povos imaginaram coisas vãs? Levantaram-se os reis da terra, e as autoridades ajuntaram-se à uma, contra o Senhor e contra o seu Ungido. Porque verdadeiramente se ajuntaram, nesta cidade, contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, não só Herodes, mas também Pôncio Pilatos com os gentios e os povos de Israel; para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho predeterminaram que se fizesse. Agora pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças, e concede aos teus servos que falem com toda a intrepidez a tua palavra, enquanto estendes a mão para curar e para que se façam sinais e prodígios pelo nome de teu santo Servo Jesus. E, tendo eles orado, tremeu o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com intrepidez a palavra de Deus.” At 4.21-31

Oravam para que nenhum sofrimento os impedisse de glorificar a Cristo, de anunciá-lo com coragem e determinação – o Cristo que eles viviam diariamente pela fraternidade solidária. Oravam por missão!

Para além da Igreja que está sob perseguição, não há sinal de que essa Igreja ainda exista!

04.
O que existe?
- A Comunhão dos santos existe na realidade da Igreja invisível. Mas, que relevância tem na história uma igreja invisível?

- Ajuntamentos cúlticos – há os que procuram se pautam pela Bíblia, e os que nem tanto.

- Instituições – (muitas e cada vez mais) há as que ainda tentam ser apenas um odre para o vinho, e as que nem tanto.

- Discursos sobre Cristo e sua obra – há os que falam sobre Jesus, segundo a Bíblia, e os que nem tanto.

- Conversões pessoais – há as que trazem marcas do Novo Testamento, e as que nem tanto.

- Missionários – há os que pregam a Cristo, sua morte e ressurreição, e os que nem tanto. O apoio ao missionário está mais para esmola do que para sustento.

- Ação social – há as que querem emancipar o pobre, por amor a Cristo, e as que nem tanto.

- Pastores e Lideres – há os que tentam alcançar o padrão dos presbíteros do Novo Testamento, e os que tanto menos.

- Títulos – em profusão, constratanto com a escassez de irmãos.

- Orações – principalmente, por necessidades materiais, sociais e de cura, que parecem não ser respondidas, pelo menos, não a contento.

- Milagres – (mas pessoais) a misericórdia divina continua se manifestando, porém, não se entende mais o princípio de sua ação.

- Ministérios – há os que são ministros (servos), e os que nem tanto.

- Riqueza – Instituições estão cada vez mais ricas, e há os que usufruem da mesma.

- Ricos e Poderosos – muitos e cada vez mais se declaram conversos, mas não se converteram como Zaqueu.

- Irmãos e irmãs que amam a Cristo e a Igreja, mas que estão cada vez mais confusos sobre o que estão assistindo – e há, cada vez mais, um amor em crise.

E ecoa a voz do Cristo: Contudo quando vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra? (Lc 18.8)

Talvez, ainda haja tempo de pedir perdão!

Por Ariovaldo Ramos

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

C.S. Lewis sobre ir à igreja

Estava conversando com alguém sobre igreja (para variar) e me lembrei de uma história envolvendo C. S. Lewis e um velho santo de botas de borracha. Como não conseguia achar essa história em nenhum dos livros do C. S. Lewis que possuo, decidi “googar” por ela e a achei no blog Mere Theology.

C. S. Lewis frequentou a mesma igrejinha durante trinta anos. A experiência não tinha nada de extraordinário a cada semana. A maior parte daqueles anos Lewis não se importava muito com os sermões; ele até mesmo sentava-se atrás de um pilar para que o ministro não visse suas expressões faciais. Ele ía ao culto sem música porque não gostava dos hinos. E saía logo após a comunhão da Ceia provavelmente porque não gostava de se envolver nas conversas com os outros membros depois do culto. Mas a longa obediência numa mesma direção moldou a vida de Lewis de um modo que nada mais poderia.

Uma vez perguntaram para Lewis: “É necessário frequentar um culto ou ser membro de uma comunidade cristã para um modo cristão de vida?”

Sua resposta foi a seguinte: “Esta é uma pergunta que eu não posso responder. Minha própria experiência é que logo que eu me tornei um cristão, cerca de quatorze anos atrás, eu pensava que poderia me virar sozinho, me retirando a meu quarto e lendo teologia, e não frequentava igrejas ou estudos bíblicos; e então mais tarde eu descobri que era o único modo de você agitar sua bandeira; e, naturalmente, eu descobri que isso significava ser um alvo. É extraordinário o quão inconveniente para sua família é você ter que acordar cedo para ir à Igreja. Não importa tanto se você tem que acordar cedo para qualquer outra coisa, mas se você acorda cedo para ir à igreja é algo egoísta de sua parte e você irrita todos na casa. Se há qualquer coisa no ensinamento do Novo Testamento que é na natureza de mandamento, é que você é obrigado a participar do Sacramento e você não pode fazer isso sem ir à igreja. Eu não gostava muito dos seus hinos, os quais eu considerava poemas de quinta categoria com música de sexta categoria. Mas à medida em que eu ia eu vi o grande mérito disso. Eu me vi diante de pessoas diferentes de aparência e educação diferentes, e meu conceito gradualmente começou a se desfazer. Eu percebi que os hinos (os quais eram apenas música de sexta categoria) eram, no entanto, cantados com tamanha devoção e entrega por um velho santo calçando botas de borracha no banco ao lado, e então você percebe que você não está apto sequer para limpar aquelas botas. Isso o liberta de seu conceito solitário.”

(C. S. Lewis, God in the Dock, pp 61-62)
FONTE: www.sandrobaggio.com

C.S. Lewis e Paulo Brabo diante da Igreja Sistemática

Não é interessante que ambos tiveram noções totalmente opostas diante da sistematização do culto? Lewis abandonou sua solidão, enquanto Brabo assumiu uma bandeira.

C.S. Lewis viu que:

Eu não gostava muito dos seus hinos, os quais eu considerava poemas de quinta categoria com música de sexta categoria. Mas à medida em que eu ia eu vi o grande mérito disso. Eu me vi diante de pessoas diferentes de aparência e educação diferentes, e meu conceito gradualmente começou a se desfazer. Eu percebi que os hinos (os quais eram apenas música de sexta categoria) eram, no entanto, cantados com tamanha devoção e entrega por um velho santo calçando botas de borracha no banco ao lado, e então você percebe que você não está apto sequer para limpar aquelas botas. Isso o liberta de seu conceito solitário.


Interessante notar que muitos pós-modernos são fundamentalistas como Frank Viola… ele pegou a apologética anti-pagã daqueles que ele é contra e elevou ao máximo para demonstrar suas contradições, sem repensar se aquela apologética era correta ou não ele a pré-aceitou pois já era aceito pelos seus opositores. Frank e os demais são um movimento fundamentalista ortodoxo dentro de um fundamentalismo contraditório. No Brasil, onde as tradições teológicas reformadas não semearam tão bem pois o fundamentalismo não é originalmente reformado, há falta de livros, de recursos, há essa construção intuitiva do zero, apenas para se chegar a um ponto já achado séculos antes.

Hoje os cristãos usam nike, tocam bossa nova nos cultos e lêem Nietzsche como o ápice da espiritualidade e depois criticam que os cristãos dos primeiros séculos mesclaram sua cultura com o paganismo, Aristóteles, Platão etc… é a mesma visão de mundo-pecado como mundo-matéria, crítica estética visando retornar ao cristianismo primitivo… ora, antes temos de ver se aquele cristianismo foi mesmo perdido ou apenas se adaptou e deixou de ser primitivesco para amadurecer, para criticá-los é necessário despojar da nossa visão legalista e superficial, a mesma que não queremos que se use com quem lê Nietzsche, toca rock e usa nike nos cultos. Um pouco de fair play.

Religião pode até ter um aspecto humano já que Deus sempre se usou de humanos para sua Providência, mas ver somente isso dá para usar a mesma analogia que o Filipe Garcia usa para ateus: vêem a dança mas não ouvem a música. Assim é o que não vê o esforço de quem nunca faltou a um culto sequer carregando um pesado instrumento apenas para tocar em uma orquestra. O crítico chamará isso de consumo e excesso de formalidade, mas só Deus sonda os corações.

Fonte: charlesweblog.wordpress.com

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Cinquenta Coisas Que Devemos Saber Sobre Línguas E Cura

01. - Os judeus, como nação, iniciaram com sinais. (Romanos 4:11; Êxodo 4:8, 9, 17, 28, 30; 7:3; 8:23; 10:1-2; 13:9; 31:13, 17; Deuteronômio 4:34; 6:22).

02. - Os judeus do Velho Testamento viviam em função de sinais. (Deuteronômio 11:18; Josué 4:6; 1 Samuel 10:7; 2 Reis 19:29; Isaías 7:14 38:7, 22; Ezequiel 4:3; 20:12-20).

03. - Os judeus exigiam sinais do Senhor Jesus Cristo. Mateus 12:38; 16:1-4; 24:3; João 2:18; 6:30).

04. - Os judeus pedem um sinal, não os gentios. (1 Coríntios 1:22: João 4:48).

05. - Conforme o Senhor Jesus Cristo, os dons de línguas e cura são sinais (Marcos 16:16-20).

06. - Estes sinais tinham o propósito de confirmar a palavra de Deus. (Atos 14:3; Hebreus 2:3-4).

07. - Estes sinais são mencionados no tempo passado, na 2 Coríntios 12:12 e em Hebreus 2:3-4, não no tempo presente nem futuro.

08. - Os que ainda buscam sinais e maravilhas, hoje em dia, estão pisando em terreno perigoso, pois o Anticristo enganará o mundo com sinais e maravilhas (Apocalipse 13:13-14; 2 Tessalonicenses 2:8-12).

09. - O Senhor Jesus Cristo disse que “uma geração má e adúltera pede um sinal”. (Mateus 12:39).

10. - A Bíblia fala sobre vários dons espirituais para os crentes, mas as línguas e sinais nunca são enfatizados mais do que os outros dons (1 Coríntios 12:4-11).

11. - Os dons de línguas e cura não eram considerados os melhores dons (1 Coríntios 12:28-31).

12. - Os dons de cura foram um sinal (Mateus 16:17-18; Êxodo 4:6-8; 2 Reis 20:8-9).

13. - Não é a vontade de Deus que todos os cristãos sejam curados (2 Coríntios 12:5-10).

14. - O Apóstolo Paulo não pôde curar a si mesmo (2 Coríntios 12:5-10).

15. - Quase no final do seu ministério, Paulo não pôde curar Trófimo (2 Timóteo 4:20).

16. - Em vez de curar Timóteo, Paulo lhe deu um conselho médico. (1 Timóteo 5:23).

17. - Ao contrário dos curandeiros modernos, as “ofertas de amor” e as “ofertas de fé” não faziam parte dos ministérios de cura dos discípulos (Mateus 10:8-9).

18. - Um cristão que não confessou os seus pecados nem deles se arrependeu não tem razão de esperar que Deus o cure de coisa alguma (Salmos 6:1-4; 41:4; 2 Crônicas 7:14; Oséias 5:10-13; 1 Coríntios 11:29-32; Tiago 5:14-16; 1 João 1:7-10).

19. - Se os modernos curandeiros da fé possuem de fato o dom de curar, então por que não comprovam o seu ministério, visitando hospitais e casas de repouso, para curar os enfermos, em vez de escrever livros, fazer reuniões de cura e pedir dinheiro na TV? (2 Timóteo 4:5; Mateus 10:8-16; 1 Timóteo 6:5-10).

20. - Satanás tem o poder de curar e isto levará milhões a apostatarem, no futuro período da Tribulação. (Apocalipse 134:1-4, 12).

21. - O dom de línguas foi dado como um sinal. (Marcos 16:17; 1 Coríntios 14:22).

22. - O dom de línguas foi uma habilidade sobrenatural de alguns cristãos para falarem em línguas estrangeiras, na presença dos judeus incrédulos. (Atos 2:7-11).

23. - Deus nunca ordenou nem fez com que os cristãos falassem em línguas desconhecidas (Marcos 16:17; Atos 2:4; 1 Coríntios 12:10; 1 Coríntios 14).

24. - A Bíblia não afirma uma vez sequer que as línguas sejam evidência do batismo do Espírito Santo.

25. - Não existe batismo do Espírito Santo em 1 Coríntios 14.

26. - Paulo disse que os verdadeiros cristãos foram batizados no corpo de Cristo pelo Espírito Santo (1 Coríntios 12:13), mas todos os cristãos não falaram em línguas (1 Coríntios 12:29-31).

27. - A Bíblia nunca diz que o batismo do Espírito Santo seja uma segunda experiência ou bênção do cristão.

28. - O batismo de fogo é a condenação dos ímpios no inferno (Mateus 3:11-12), não estar “no fogo do Senhor”.

29 - Atos 2:3 fala de “línguas repartidas, como que de fogo”, mas o Livro de Atos nada diz sobre línguas de fogo ou batismo de fogo.

30. - Se alguém não tem o espírito de Cristo, nada tem a ver com o batismo do Espírito Santo, pois ele nem mesmo pertence a Cristo (Romanos 8:9).

31. - O Pentecoste nunca foi um movimento religioso nem uma experiência religiosa. Era um dia de festa judaica, a qual acontecia 50 dias após a Páscoa. (Levítico 23:15-22).

32. - Jesus disse que quando Ele viesse (o Espírito Santo), não falaria de Si mesmo, mas glorificaria Cristo (João 16:13-14).

33. - A nenhum cristão na Bíblia é dito para orar, pregar, cantar ou louvar a Deus em línguas.

34. - Os discípulos receberam o Espírito Santo em João 20:22, porém não falaram em línguas, quando isto aconteceu.

35. - Encher-se do Espírito Santo, conforme Atos 4:31 e Efésios 5:18-20, não inclui o falar em línguas.

36. - Quando fala dos dons espirituais em Efésios 4:8-12, Paulo não menciona as línguas.

37. - Houve apenas três casos no Livro de Atos em que as pessoas falaram em línguas (não em línguas desconhecidas) e estas línguas eram sempre um sinal, porque os judeus pedem um sinal (Atos 2:1-11; 10:44-46; 19:6-8; 1 Coríntios 1:22; 14:22).

38 - A primeira e a última chuvas de Joel nada têm a ver com Atos 2 nem com o atual moderno Movimento Carismático, porque a chuva de Joel 2 é literalmente chuva molhada, vinda do céu de Israel (Joel 2:1-31).

39. - As línguas nem sequer são mencionadas na lista dos dons espirituais, em Romanos 12:6-8.

40. - Embora as línguas (não línguas desconhecidas) fossem permitidas em 1 Coríntios 14 (porque havia judeus na sinagoga de Corinto - Atos 18:1-4), elas não eram encorajadas, pois as línguas não edificavam a igreja (1 Coríntios 14:4-5, 26).

41. - É melhor falar cinco palavras claramente do que dez mil em língua desconhecida (1 Coríntios 14:19).

42. - A não mais que três pessoas era permitido falar em línguas na reunião da igreja e somente uma, de cada vez, poderia falar. (1 Coríntios 14:27).

43. - A ninguém era permitido falar em línguas na igreja, sem que houvesse um intérprete (1Coríntios 14:27-28).

44. - As mulheres não tinham permissão de falar em línguas na igreja (1 Coríntios 14:34-35).

45. - Os que falavam em línguas (línguas estrangeiras) tinham domínio sobre o seu próprio espírito. (1 Coríntios 14:32).

46. - Um homem religioso que não refreia a sua língua engana o seu coração e sua religião é vã (Tiago 1:26).

47. - Muitos espíritos enganadores estão no mundo e o dever de todo cristão é testar os espíritos (1 Timóteo 4:1; 1 João 4:1; Apocalipse 2:2).

48. - A palavra de Deus é a regra pela qual devemos julgar todas as doutrinas (Isaías 8:20; 2 Timóteo 3:16-17).

49. - O homem espiritual discerne bem tudo (1 Coríntios 2:15).

50. - Ensinar a Verdade Bíblica sobre sinais, cura e línguas não significa ser inferior, preconceituoso ou intolerante. É simplesmente uma questão de obedecer à ordem de DIVIDIR CORRETAMENTE a palavra de Deus (2 Timóteo 2:15).

Fonte: James Melton http://www.biblebelievers.com/jmelton/tongues.html
Traduzido por Mary Schultze - www.maryschultze.com - 30/12/2009.
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