quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

AS ESTAÇÕES DO CAMINHO NÃO PODEM VIRAR “ESTACIONAMENTOS”?

From: AS ESTAÇÕES DO CAMINHO NÃO PODEM VIRAR “ESTACIONAMENTOS”?
To: 'contato@caiofabio.com'
Sent: Thursday, September 29, 2005 4:26 PM
Subject: PERDIDO E SEM CAMINHO

Olá Caio,

Estou em processo de desconstrução. É muito dolorido. Não sei o que será de mim. Não acredito mais nas instituições. Mas, sem elas, parece que estou sem chão, não sabendo como caminhar. Tenho duas filhas, uma de 7 anos, e outra de 11 anos. O que será delas? o que vou passar para elas? Minha esposa é minha "ouvidoria". Escuta minhas frustrações. Tem medo que eu desande, fique indiferente a tudo e caia no mundão. Concorda comigo, mas argumenta que se formos para outra "igreja" será a mesma coisa.

Um caminho... é tudo que preciso.

Será possível seguir o caminho sem um caminho institucionalizado? Leio suas palavras sobre "igreja" x igreja e cada vez mais caminho para fora daquele caminho. Leio coisas sobre "O Caminho da graça" e percebo uma tentativa de ser igreja e não "igreja ". Mas fico pensando... começou como um caminho, algo sempre em movimento. Agora estamos na estação do caminho, não será paradoxal?

Explico, estação dá idéia de parada, algo que está sendo erguido, uma estrutura com todos os seus conflitos de poder, por mais simples que seja. Em tese pode-se até fazer diferença entre Estação x "igreja", mas na prática será que isso é possível?

No caminho não se projeta, não se constrói, não se ergue, apenas armamos e desarmamos tendas. No caminho nos misturamos, damos, recebemos e seguimos.
Será que é possível viver também assim?

Mas fico pensando, somos seres grupais. Cria-se grupo de tudo, dos sem-terra, dos divorciados, dos homo, dos hétero, dos solteirões, da meia-idade, dos "igreja", dos igreja, enfim, os semelhantes se atraem. Os discípulos do caminho vivem em grupos ou se misturam nos grupos? ou se excluem dos grupos e criam seus próprios grupos?
Será possível servir a Deus sem ir a "igreja"?
Um grande abraço.

Muito sucesso para você e que Deus realize os desejos do seu coração.
Jesaías

__________________________________________

Resposta:
Meu querido amigo e irmão: Graça e Paz!
Vejo que você está de fato em grande conflito, e que a desconstrução está sendo, na realidade, uma demolição ou implosão. Primeiro, saiba que não estamos criando uma denominação. Somos, em alguns poucos lugares, um ‘pouso’ para quem pede. E, quando digo “somos”, apenas digo que os que se designam “do Caminho”, são apenas discípulos de Jesus que não se encontram tranqüilos nas instituições as quais chamamos “igreja”.
Ora, esses apenas se encontram em torno da mesma percepção do Evangelho. Ou seja: são apenas dois, ou três, ou mais, reunidos em Seu nome.

Quanto a “Estações” do Caminho, também desejo que saiba que estação é uma paragem para os peregrinos.

O Caminho não é ‘na’ Estação, é na estrada, é no mundo, é na vida, é na pluralidade da existência, é em meio a tudo e todos, é nas portas do inferno. A “Estação” é um pouso rápido, é um pernoite; ou, no mundo moderno, nem mesmo isso; posto que “estar na estação”, num metrô, por exemplo, é coisa tão rápida que a pessoa quase nem chega a “estar”.

Não temos, todavia, a aflição das estações de metrô. Preferimos as Estações das estradas andantes, antigas ou primitivas, nas quais a Estação era apenas uma “ramagem” na beira da estrada, onde também se paria o pão, mesmo entre estranhos. Ou apenas um lugar comum onde os peregrinos, os hebreus do caminho, se encontram.

Quanto ao senso de “grupo”, no Caminho ele não existe como tentativa de separação do mundo. Existe apenas o senso de unidade na fé, em meio à pluralidade das muitas expressões humanas. Ou seja: o sal, para dar gosto e ser sentido, fazendo a diferença, tem que se ‘dissolver’ na terra, ou onde quer que seja posto. Portanto, o ensino do Evangelho é para que nos dissolvamos na sociedade humana, em toda ela, dando gosto de Graça a tudo.

Além disso, não tenho compromisso com nada além do dia chamado Hoje. A Igreja é de Deus. Deus é Deus. Ele cuida dela. Assim, sirvo a Deus Hoje, e não vivo a neurose de como será amanhã. Não sofro dessa ansiedade.

Hoje, todavia, há milhares de filhos de Deus que andam dispersos porque as portas da “igreja” lhes estão cerradas; ou porque mesmo que estejam escancaradas, estão, todavia, encarrancadas. Ou seja: não refletem a face de Cristo, em Graça e Misericórdia, mas sim a carranca dos fariseus e dos dráculas da religião sem Deus.
Quem está feliz onde está, deve ficar onde está.

Apenas proponho que os que parecem não caber em lugar nenhum, ou os que amam a Jesus, mas, justamente por isto, não suportam a “igreja” — conforme ela se tornou—, que não se sintam “desviados”, que não se tornem solitários, que não vivam como se Deus tivesse qualquer coisa a ver com essas confrarias de homens. E, sabendo disto, que se ajuntem, que se reúnam, que se encontrem, que fortaleçam-se na fé, mutuamente; e, sobretudo, que ensinem o Evangelho uns aos outros; e que saiam para a vida, para toda ela, por todo mundo, qualquer mundo, até os confins de qualquer fim de terra; e que indo, preguem, testemunhem com palavras e ações, e façam discípulos de Jesus; ensinando a eles que o lugar onde se serve a Deus é no mundo, e que o lugar chamado Igreja é qualquer lugar onde dois ou três se reúnam em Seu nome, até numa “Estação” do Caminho, ou qualquer estação, com ou sem nome, mas desde que seja um lugar de refrigério.

Quanto aos seus filhos, eles têm vocês. Ou você deseja transferir a responsabilidade de ensinar a Palavra aos seus filhos a uma escola dominical? No Caminho os pais ensinam os filhos e são os pastores dos próprios filhos. Embora, nas Estações, haja também ensinos e atividades para todas as faixas etárias; ou seja: para quem quiser.
Então, irmão, eu lhe digo: no Caminho, Estação é só um lugar de descanso e espera. É só pra tomar fôlego, para, então, se prosseguir na jornada. Mas há certas coisas que só são provadas se são provadas, e se, assim, se fazem provadas; ainda que para alguns pareçam improváveis.

É bom, todavia, que se saiba que o Evangelho é apenas para gente que crê no impossível.

Saiba só uma coisa mais: Eu já tomei atitudes deliberadas que puseram abaixo algo que muitos consideravam um império cristão importante para milhões; e isto porque eu senti que estava traindo o chamado de minha existência como homem. Assim, eu pergunto a você: Por que você acha que eu tenho dificuldade de acabar qualquer coisa que eu tenha ajudado a construir?

Não! Eu creio que tudo aquilo que vira um fim em si mesmo, precisa ser destruído. Sim, qualquer coisa; pois até a vida individual-consciente não se valida por si mesma, mas pela sua possibilidade de se relacionar com o próximo; servindo a Deus e ao próximo na vida.

Ou seja: no Caminho nada é erguido para ser um fim em si mesmo. Se assim for, bem-aventurado é todo aquele que o puser abaixo. Afinal, é assim, ou deveria ser assim, com todas as coisas debaixo do sol. Receba todo meu carinho!

Nele, em Quem andamos em cada dia Chamado Hoje; hoje!
Caio
September 29, 2005 4:26 PM
Brasília
DF

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A hora de pedir ajuda

Por Ariovaldo Jr.

Há uma onda de orientações afirmando que as pessoas que possuem problemas de compulsão (seja em que área for), devem procurar ajuda. Tudo fundamentado em estatísticas e versículos bíblicos enfatizando o quanto é importante que não sejamos dominados por coisa alguma. Porém, qual é a hora certa de pedir ajuda?

É como se houvesse uma linha imaginária separando os que precisam de auxílio daqueles que conseguirão resolver seus problemas por conta própria. E consideramos comos os mais fracos aqueles que estão além do limite controlável da compulsão. Porém, é difícil encontrar alguém que adquire por si só a capacidade de discernir que já está do outro lado. A maioria de nós prefere dizer que bebe socialmente, toma apenas uns remedinhos sem receita, fuma apenas um cigarrinho de vez em quando, admiramos a beleza da criação nas fotos pornográficas que pulam na nossa frente todos os dias… e que mal há nisso?

O mal está em nossas excessivas tentativas de obter controle sobre aquilo que é incontrolável. Nossa carne grita, nosso desejos se tornam indomáveis e, naturalmente, cedemos. Não importa se em pequenas ou grandes coisas. Todos cedemos às compulsões da carne em algum nível. Não há de fato nem um justo sequer. Mas… há uma esperança!

Ao invés de nos segregarmos em dois grupos (os santos e os pecadores), devemos renunciar completamente ao falso controle que temos sob nossa conduta. Quanto mais uma pessoa se aproxima de Jesus, naturalmente deveria caminhar para uma maior exposição. Por isso é absolutamente possível separar aqueles servem ao sistema religioso daqueles que de fato servem a Deus. Religiosos investem boa parte de seu tempo na criação de um perfil público conveniente às relações sociais e altamente hipócrita, visto que não representa quem a pessoa realmente é.

Renunciar é submeter-se. Não aos religiosos, não à ilusão da cobertura espiritual. Mas à amizade. Aos bons relacionamentos desinteressados. Aos amigos de jornada, que caminham rumo ao mesmo destino. Este é o papel da Igreja, inalienável, porém quase sempre negligenciado.

Faz parte da Igreja de Jesus aquele que entende que TODO MOMENTO é hora de pedir ajuda. Só passou pela porta estreita aquele que desistiu de encontrar virtudes em si próprio e, expondo a si mesmo, encontra forças para não desistir. Não importa se o problema é pequeno e aparentemente domável. Na renúncia da ilusão do controle, encontramos cura verdadeira para todas as coisas.

Uma pessoa que vence muitas vezes seguidas não pode ser chamada de “mais que vencedor”. Só podem ser chamados de MAIS aqueles que percebem que nossa vitória está além deste “jogo”. Por isso, o medo de parecer um derrotado não pode aterrorizar aqueles que querem realmente mudar sua vida.

Faça alguma coisa!
Exponha-se!

Peça ajuda para resolver aquele problema que você tem certeza que é capaz de resolver sozinho. Simplesmente por que “sozinho” é uma palavra que não faz parte do Reino de Deus.

“Pois que aproveita ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida? ou que dará o homem em troca da sua vida?” (Mateus 16:26)

FONTE: www.ariovaldo.com.br

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

John Piper também erra



Por Ariovaldo Jr | February/2/2010

Para tentar minimizar o número de pessoas que irão me xingar, gostaria de começar este texto afirmando que também sou admirador das palavras do velho Piper. E também considero importante enfatizar que não estou tentando acrescentar detalhes em sua pregação às custas de me promover. Mas talvez uma das coisas mais difíceis de se encontrar na atualidade, são pessoas que pensem e que sejam críticas sem descartar outros por possuírem opiniões divergentes das suas próprias. Então, por favor, tenha paciência antes de xingar minha mãe.

Citei John Piper, mas poderia listar vários outros nomes que são altamente inspiradores em minha vida. E que, ao não concordar 100% com nenhum deles, me alegro por saber que se tratam de seres humanos, restritos como todos nós às opiniões e experiências da vida.

Piper afirma no vídeo “Não desperdice seu púlpito” que os modismos dos pregadores contemporâneos deve ser deixado de lado em favor da pregação do evangelho puro e simples. E obviamente concordo com sua afirmação. Porém, o próprio Piper se enquadra no grupo dos que o fazem? Por um acaso, as formas e liturgias da pregação da palavra na Igreja Batista Bethlehem são essencialmente o evangelho de Cristo?

Todas as igrejas, com raríssimas excessões, incorporam o modelo de escola grega, utilizando do púlpito, das cadeiras e dos mecanismos acústicos adequados a uma exposição unilateral. A grande pergunta então é: foi Jesus que estabeleceu este modelo?

Mark Driscoll, de certa forma do lado oposto ao de Piper, também é um dos homens que admiro e ao mesmo tempo não engulo completamente. Ele me parece um conservador ao estilo do Piper, travestido de pós-moderno, com intenções explícitas de atingir a juventude de seu país. Por exemplo, sua opinião sobre o livro “A Cabana”, soa como altamente radical e intolerante. Através de suas observações, temos a sensação de que há pouca aceitação àqueles que enxergam Deus ligeiramente diferente.

O que une a todos os pregadores do Reino é a essência da mensagem da salvação, única e explicitamente representada pela figura do Deus encarnado sob o nome de Cristo Jesus. Porém devemos compreender que, toda crítica aos modelos de exposição das verdades contidas na Bíblia, é quase sempre exagerada. Jesus falava sobre árvores, sementes… sobre plantas das mais diversas espécies… sobre filhos estúpidos, sobre tesouros e sobre a relação empregado/patrão. Em cada pequeno detalhe e, através das mais diferentes técnicas e momentos, Ele comunicava as verdades eternas.

Por isso, concentre-se na mensagem de Piper, na ousadia de Driscoll… mas principalmente no evangelho de Jesus. Conte histórias que tenham a ver com a sua realidade; e que mexam com a vida das pessoas segundo aquilo que Deus já está fazendo e, muitas vezes, elas sequer são capazes de perceber. Lembre-se que o “seu púlpito” não é um lugar, mas uma atitude.

E nunca se esqueça que, o próprio Jesus defendeu a legitimidade daquele que não era “do grupo” dos discípulos a promulgar o evangelho. Por quem não é contra nós, é por nós.

Amo estes caras… por que são pessoas comuns, como todos nós.
Amo o Piper, mesmo o considerando conservador demais.
Amo o Driscoll, mesmo crendo que ele precisava ser ousado não apenas na aparência.

Estamos todos no mesmo barco.

FONTE: www.ariovaldo.com.br

sábado, 30 de janeiro de 2010

SEXO, BEBIDA, CIGARRO E IGREJA!

From: SEXO, BEBIDA, CIGARRO E IGREJA!
To: contato@caiofabio.com
Sent: Sunday, October 05, 2008 10:59 PM
Subject: QUAL IGREJA?

Caro Pastor!

Sou evangélico há seis meses. Vivo num certo desconforto espiritual, pois tive que deixar coisas que eu gostava de fazer para não "magoar CRISTO" e não ir para o inferno.

Posso servir a CRISTO e beber, fumar, dançar, ouvir músicas seculares, ler livros seculares, praticar sexo sem casar?

Para ser salvo tenho que freqüentar uma igreja? Qual?

Por favor, me oriente!

Seu irmão em CRISTO!!!
___________________________

Resposta:

Meu irmão querido: Graça e Paz!

Se seu interesse é em Deus, em Jesus e na Vida Eterna, então, é vida que você quer. Ora, se é vida que você deseja ter, então, é de vida que você tem que se ocupar. Assim, não falamos de normas de homens, mas apenas do que Deus chama vida para o homem. Desse modo, Paulo diz: “Todas as coisas me são licitas, mas nem todas edificam ou me convém. Todas as coisas me são licitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhum delas.”

Paulo também disse que não se deve usar a liberdade que temos em Cristo a fim de se dê lugar a nada que seja contra aquilo que Deus, em Jesus, chama Vida. Você pode o que você quiser, devendo apenas se perguntar: Que bem isso me faz? Ou ainda: Isso que eu gosto tanto pode fazer mal a alguém que não tem o mesmo entendimento que eu? Ou também: Esse sexo sem amor e sem significado que eu gostaria tanto de fazer por fazer, porque eu gosto, de fato realiza o quê de bom em mim e na pessoa da qual me sirvo?

Ora, aqui no meu site você pode ir ao serviço de Busca e escrever as palavras “sexo”, “bebida”, “cerveja”, “Skol”, “vinho”, “fuma”, etc. — e você encontrará respostas especificas para as suas questões tópicas.

Eu, todavia, aqui, agora, já, quero apenas dizer a você o seguinte: Você não “magoa a Cristo” quando faz qualquer das coisas acima. Sim! Jesus não faz beicinho! Ele já nasceu Deus. Crescido. E mais: Ele não é tolinho e nem escandalizável. Ele aguenta tudo. Ele é amor. O amor é invencível. Você faz mal a você mesmo, ao seu futuro, e, sobretudo, ao seu dia de hoje, no qual são forjadas e reforçadas as suas fibras de ser. Entretanto, você só se fará mal se fizer mal a si mesmo no fazer e usar tais coisas.

Fumar você pode; e pode fumando ir para o céu. Mas e daí? A porcaria do cigarro faz mal aqui, já, no dia de hoje, e, com certeza, fará mais mal ainda amanhã. Portanto, o que há de bom em voltar para ele se você pode estar já livre dele para sempre? Entretanto, você pode fumar e ir pro céu fumado. O problema não é o céu, é a terra, é o pulmão, o coração, a circulação, a vitalidade física e sexual. Sem falar no tempo gasto, no dinheiro e também no condicionamento psicológico e físico que o cigarro produz.

Beber? Ora, beba. Mas não se embriague. Beba, mas não dirija. Beba, mas esteja sempre sóbrio e lúcido. Beba, mas não seja bebido pela bebida... Ora, o maior sinal de que a bebida bebe a pessoa é quando a pessoa passa a ter que beber todos os dias, ainda que não se embriague. Quando o individuo se jacta de não se embriagar embora beba todos os dias, é porque a bebida já o bebeu e ele não sentiu ainda. Mas logo sentirá pelas mudanças súbitas de humor, ao ponto de que ficará cada vez mais bem-humorado quando beber, e, por isto, beberá mais.

Música secular? O que é isso? Deve ser coisa de crente! Ora, ouça boas músicas. Apenas isto. E tome cuidado com uma tal de “música Gospel” que tem por aí, pois, em geral, faz muito mal aos crentes, embora eles não saibam disso de saída.

Sexo? Deus diz que sexo é bom. Foi Ele que fez. Portanto, o que há de errado com o sexo, exceto com o que o homem fez dele? Sexo é coisa tão boa que não deve ser feita de modo tão ruim e sem significado. Sexo sem significado, promovido apenas pela avidez que tem sua fonte na insegurança dos seres aflitos por afirmação pela via genital, faz muito mal à alma.

Sim! Sexo deve ser o resultado de um encontro que gerou um significado profético no amor: ambos, homem e mulher, olham para frente e imaginam o quão melhor a vida seria se ambos fizessem de suas existências individuais uma vida só para os dois. Ora, quando a consciência é essa, e ambos são responsáveis o suficiente para tomarem tal decisão, então, o sexo é apenas a continuidade simples e natural.

Assim, acaba a questão de transar antes ou depois de casar, pois, em tal caso, tendo a consciência que acima descrevi, somente quem é casado transa, posto que a transa é o rito mais essencial de todo verdadeiro casamento. Quando se tem consciência do significado do sexo ele se torna o rito supremo do casamento dos que já estão casados pelo amor consciente e responsável. O mais... — não é casamento.


No cartório a gente faz contrato. Na “Igreja” [templo] a gente mostra os que estão “se casando”. Mas tanto no cartório quanto na “igreja” ninguém faz casamento. Aliás, ninguém tem o poder de casar a ninguém diante de Deus. Diante de Deus somente entram o homem e a mulher; e isto não é no dia da cerimônia, mas no dia em que assumem que se amam.

Agora, saiba: Só vale fazer qualquer coisa ou deixar de fazer, se for por amor e em fé. Sem fé a gente se condena em tudo o que faz. E sem amor nada aproveita.

Portanto, você e eu temos que fazer tudo com fé e amor grato. Transar, comer, beber, namorar, casar, trabalhar, ser amigo, ser pai, mãe, filho, irmão, ou qualquer outra relação, têm que ser feitos e realizados com fé e amor; pois, sem ambos, nada é puro e aproveitável. Afinal, Jesus disse que aquele que é Seu discípulo faz tudo com amor. Esta é a obediência aos Seus mandamentos: amar sempre.

Assim, você tem apenas que perguntar se você ama a pessoa que você pensa em usar por uma noite apenas. É amor? Ou então se é amor namorar alguém e usar outras pessoas sexualmente? Ou se é amor beber até cair ou falar um monte de bobagens? Ou se é amor fazer qualquer coisa que possa deixar a você mesmo mal e outros infelizes?

Portanto, leia os textos que sugeri a você no inicio da carta, e, mais que isto, busque entender a razão de seu chamado em Cristo [a leitura de meu site vai ajudar você nisso em muito], pois, você não foi chamado para não fazer, mas sim para ser. Por isto, leia tudo o que você encontrar na Busca do site sobre “discípulo”, “discipulado”, etc.

Quanto a se dever freqüentar uma igreja, digo a você que não necessariamente. Você deve ser parte da Igreja, e você já porque crê em Jesus. Assim, você deve congregar-se em algum lugar no qual você seja de fato edificado na fé e no entendimento do Evangelho. Mas... freqüentar de modo mágico, como se não indo a desgraça fosse chegar, não, mil vezes não!

Tudo em Jesus tem a ver com vida. Se a freqüência a algum grupo lhe traz graça e vida em Jesus, ajudando você a crescer em fé, amor e entendimento espiritual, então, freqüente aí. Caso contrário busque um lugar que seja assim.

Leia a Bíblia, o Novo Testamento! Procure na Busca do site pelas palavras “Escritura”, “ler”, “Palavra”, etc. Vá ao meu site — www.caiofabio.com — e visite o canal “Caminhando”, e lá veja se há um grupo do “Caminho da Graça” perto de você.

Receba meu carinho!

Nele, que deseja levar você às coisas excelentes, e não às medíocres,

Caio

6 de outubro de 2008
Lago Norte
Brasília
DF

Empregado? Prostituta!

Que valor tem as pessoas? O salário do empregado só é igual ao do patrão se este souber fazer algo que o patrão não saiba. Portanto dificilmente encontrará sinceridade no discurso dos empregadores ao dizerem que preocupam-se com a qualidade de vida das pessoas. A verdade é que preocupam-se mesmo apenas em como aumentar a produtividade do trabalho alheio.

O salário de um pastor-presidente é quantas vezes maior que o da faxineira da igreja? E quem trabalha mais? Este tipo de pergunta dificilmente é bem vinda. Somos um povo que possui garras afiadas para apontar as injustiças dos políticos, porém igualmente avessos à justa prestação de contas. Mas como replicar o ensino de que devemos nos envolver financeiramente nos desafios empreendidos pelas instituições religiosas se muitas vezes nem nós mesmos acreditamos neles?

Emprego é um tipo de prostituição. Fingimos satisfação para o patrão pensar que está valendo seu dinheiro gasto. Já o emprego na igreja pode ser duas vezes pior. Claro que em todo lugar há exemplos vivos de pessoas que derramam sua vida em favor do serviço (arte de servir). Só que infelizmente a grande maioria prostitui-se para sobreviver. E nós na maioria das vezes somos coniventes com isto. Não se pode desconsiderar que sacrificar-se por pouco sempre será mais difícil que sacrificar-se por muito. Podem distorcer o quanto quiserem o ensino de que passar camelos pelo fundo de uma agulha é algo viável em “seu caso”. Mas a indiferença dos que insistem em afirmar que isto pode ser feito tão facilmente, está refletida na história daqueles que todos os dias são injustiçados na divisão das “ofertas”. Partilhar segundo as necessidades? Este trecho está fora de moda.

“‘Trabalhador” é aquele que está mais preocupado com o resultado de seus esforços do que com os benefícios que obtém dele. Porém indiscutivelmente é mais fácil ser aquele que faz os próprios salários. Seja na iniciativa privada, ou na iniciativa eclesiástica.

Me pergunto se, de todos os “recursos” depositados aos pés dos apóstolos para que se exercessem justiça social, eles primeiramente separavam sua porção. Talvez eu tenha compreendido errado, mas parece que o povo sentiu-se compelido a ofertar por verem nos discípulos de Jesus o exemplo. Exemplo… coisa fácil de citar… e difícil de mostrar nos dias de hoje.

De toda sorte de “posições” existentes na igreja do primeiro século, claramente distinguimos duas importantíssimas: os que se dedicavam à palavra de Deus… e os que se dedicavam ao serviço. Curiosamente há mais pré-requisitos para os que seriam escalados para o tal diaconato do que para o ensino da palavra. Os mestres precisavam ser homens íntegros, exemplares e que dominam bem a palavra. Porém os diáconos precisavam ser também BONS ADMINISTRADORES. Assim, aqueles que ocupavam os púlpitos preocupavam-se apenas em serem bons “trabalhadores”. E igualmente usufruiam das ofertas segundo a medida da necessidade, idoneamente avaliadas pelos homens do serviço.

Penso que prostituição, a grosso modo, é pagar por aquilo que deve ser de graça.

A palavra de Deus diz que aquele que se prostitui, peca contra o próprio corpo. Portanto sexualmente ou ideologicamente, aqueles que se vendem em razão de obterem dinheiro para satisfazerem os desejos de seus ventres, inevitavelmente sofrerão as mesmas consequências.

Aos tais, alerto que abandonem suas práticas abomináveis, arrependam-se e vivam dignamente o caminho que leva à eternidade. E o que passar disto, é mentira.

Diante de tantas palavras duras, concluo: continuaremos nos prostituindo? E continuaremos a consumir o esforço alheio sem o justo pagamento? Não basta dizer “eu não estou envolvido nisto”. É preciso protestar, exigir, interferir. Os omissos são igualmente responsáveis e prestarão contas disto no devido tempo.

Ariovaldo Jr

FONTE: www.ariovaldo.com.br

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

PALAVRANTIGA - VEM ME SOCORRER



Olá pessoal...


Como estão todos? Espero que bem, e desfrutando de cada movimento da vida... Movimentos estes que Deus nos permite sentir, nos permite fazer parte. E é com muita alegria que venho compartilhar uma coisa muito boa com vocês, uma dessas coisas que quando experimentamos nos leva lá pra cima, para um lugar onde encontramos abrigo seguro, e uma paz sem palavras para descrevermos... E uma alegria singela e pura, onde o amor realmente é real, o amor de Deus.

Sim, falarei novamente sobre música, sobre boa música, música de caminhada, de experiência e esperança; música que não canta somente utopias, mas também as fragilidades, as nossas fragilidades... Mas, acima de tudo canta a dependência a nossa gigantesca necessidade de conhecermos a graça.

“Vem Me Socorrer” é a nova música de trabalho dos irmãos do Palavrantiga, música que estará no álbum “Esperar é Caminhar”, que será lançado em breve, espero que até o final deste ano. Essa versão que estou postando aqui foi retirada do Youtube, o áudio não está com qualidade muito boa, mas já dá pra termos noção de como será o disco... Confesso a vocês que já ouvi dezenas de vezes a música, mas, o que me impressiona não é só o fato de ser uma boa música, não; não é só por que os caras são bons músicos, ou por que é uma boa composição... Não. A alegria é por saber que por trás disso há um fato que torna a música verdadeiramente sobrenatural; a experiência, a luta, a caminhada e o motivo pelo qual ela surge...

Que a graça continue abundante na vida desses caras, na sua vida Marcos, você, que como diz o Lucas, é um sentimental, não por ser alguém que é levado por meras emoções, mas que é sensível àquilo que Deus nos dá na caminhada, e você tem o dom de traduzir tais coisas nas suas canções, tirando-as até mesmo do silêncio. Parabéns meu mano pelo seu talento, você além de um excelente músico, compositor, escritor e filósofo, rs, é um amigo empenhado em compartilhar a boa nova e as maravilhas da graça.

É isso pessoal, espero que curtam esse som assim como eu curtir, e que a música faça diferença em nossas vidas, que ela nos instigue a mudar, a crescer, a sermos melhores e a querermos estar nesse lugar seguro que é a presença de Deus e o seu amor...


Como diria o Marcos, “Abraço demorado...”!

FONTE: musicaepalavra.blogspot.com