quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A excelência das coisas ordinárias

Por Ariovaldo Jr 15 de setembro de 2009

Desgraçadamente abençoados por Deus. Assim é boa parte das pessoas que insistem em perder seu tempo na vivência hipócrita de um evangelho que não tem nada de bom e nem de novo. As bênçãos, tão valorizadas, não têm nada a ver com a transformação do indivíduo. Servem apenas para amenizar os sofrimentos do caminho da perdição.

Por que bares e boates possuem portas estreitas, onde as pessoas ordenamente se afileiram e aguardam ansiosamente sua vez de entrar… e enquanto isso, criamos portais imensos nas entradas das igrejas, sendo quase necessário insistir para que bêbados e transeuntes desavisados entrem para que o “culto” não pareça vazio.

Em nossa busca pelo extraordinário, desprezamos o valor das coisas ordinárias da vida. E particularmente me sinto um apreciador das coisas ordinárias em que posso sentir o poder da vida e da salvação mediante a graça de Cristo. Por exemplo, um bar nada possui de realmente atraente e que possa mudar a vida de alguém. Mas ainda sim as pessoas enxergam momentos de redenção neste local “sagrado”. Em cada gole, uma reflexão. Até que as pessoas estejam anestesiadas de suas capacidades de refletir. Mas o primeiro gole não pode ser condenado pelo exagero do segundo.

Já nas igrejas, nada há de interessante. Em nossa busca incessante pelo que foge ao ordinário, criamos estruturas especializadas em criar momentos desinteressantes. Perdemos o privilégio da simplicidade. Nos esquecemos do que significa estar juntos sem um motivo. Obviamente o poder de Deus continua a operar milagres, mesmo em meio a todo este tédio. Talvez seja a maneira dEle dizer “vou mostrar quem ainda manda”.

Consegue imaginar uma igreja onde a porta seja estreita e haja um segurança enorme organizando a fila? Então, faltando 5 minutos para começar o culto, ele fecha a porta e informa que o local atingiu a lotação máxima. E que na próxima semana, os interessados em participar devem chegar com mais antecedência.

Será que estou sonhando? Ou será que coisas simples e ordinárias podem realmente revelar o quanto somos (ou deveríamos ser) relevantes?

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